quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Rogério Ceni, o dono do Morumbi



  • Rogério Ceni era o que chamamos hoje de “boleirão” aos 17, 18 anos, quando subia pelo túnel do Morumbi para treinar. Terceiro goleiro teve que esperar, acredito, uns dez anos para jogar. Passava pelos reportes, que naquela época ficavam pela região próxima às traves, e sempre sorrindo, brincalhão, quase pedia para dar entrevistas. Morava no Morumbi, debaixo das arquibancadas.

    O tempo era outro. Hoje ele escolhe os dias para falar com a imprensa, participa de reuniões de negócios, e tem muitos. Fala inglês, acredito que espanhol e italiano. Ouve rock, sua preferência e toca violão. Tem duas filhas que vez ou outra são vistas ao lado dele nos treinos. É como a maioria de nós um pai dedicado. Ausente como a maioria de nós por causa da profissão. Deve ir ao cinema com a mulher, sair para jantar. Rogério Ceni seria um igual, se não fosse Rogério Ceni. Ele parece um cara normal, mas não é.

    Do alto de seus mais de cem gols se tornou uma lenda. Um goleiro imbatível neste quesito. O maior do mundo. Sua saída de bola é de fazer inveja. Não chuta, passa, lança. Debaixo dos três paus é seguro, elástico, gelado. Nestes anos somente as dores o tiraram do espaço da pequena área. Por isso ele completa mil jogos com a camisa do São Paulo e se confunde com a história do clube de seu coração.

    Depois de tudo isso que eu contei, me esqueci que o sorriso na boca continua o mesmo de quando ele chegou. Sincero. E o olhar, não duvide o amigo do Blog, é e sempre será em direção à ponta da tabela. Por isso ele é um Campeão nato, sempre em busca do próximo título.Esta é a sua sede.

    Dizem que ele manda em tudo. Eu acredito. Líder é assim mesmo.


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